quinta-feira, 28 de junho de 2012

Perfil - Krylova & Ovsyannikov - Parte 2

Nas danças obrigatórias, Anjelika e Oleg brilharam em todas as ocasiões. Patinaram os passos obrigatórios sempre na medida certa, com uma velocidade estonteante e uma óptima apresentação.
Aqui ficam alguns exemplos:


E como não podia deixar de ser, Anjelika e Oleg também brilharam nas exibições.
Malaguena
Still Got the Blues
O Último dos Moicanos
Ave Maria

A tremenda versatilidade de Anjelika e Oleg foi um dos seus pontos mais fortes. Fosse qual fosse o tipo de dança e de tema, este par foi sempre capaz de se adaptar a tudo.
Anjelika e Oleg faziam um par que esteticamente estava muito bem. Ambos são bastante altos mas a diferença de altura entre ambos estava bem proporcionada, sendo que o tipo de corpo de cada um deles se ajustava bem em conjunto. Ela é incrivelmente elegante e tão perfeita que custa a acreditar que existe um ser humano assim. Ele é maravilhosamente forte e cavalheiro ao mesmo tempo, que era aguerrido e másculo sem ser bruto.
Aliás, na minha opinião, Oleg é um dos melhores dançarinos no gelo de todos os tempos.
Este par demonstrou sempre ter uma enorme segurança no controlo das lâminas, executando passos rápidos e precisos. A velocidade de execução dos elementos era fabulosa. As figuras de elevação que apresentavam eram sempre elegantes e eficazes do ponto de vista estético. As suas linhas eram puras e limpas.
Sem dúvida que formaram um par memorável.

Em termos das danças livre que fizeram durante a sua carreira, quero destacar a Carmen e a dança tribal. Em primeiro lugar gosto de ver pares a arriscar apresentar e interpretar coreografias diferentes. Gosto de ver algo que seja surpreendente e essas duas danças foram de facto inovadoras.
A música da ópera Carmen já foi usada centenas de vezes mas Anjelika e Oleg deram à sua dança um cunho e uma identidade próprias. Usaram essa música como se fosse só deles. O lado teatral também foi muito bem explorado. Os elementos de dança moderna resultaram na perfeição.
Quanto à dança livre "tribal" só me lembro de outro par que teve a coragem de arriscar uma coreografia com este tema: os irmãos Isabelle e Paul Duchesnay na longinqua temporada de 1987/1988. Não posso deixar de referir que houve muita gente que criticou Anjelika e Oleg por não quererem seguir os cliches e escolherem uma coisa deste género. Para mim foi uma aposta ganha.

Enfim, ficam as memórias de grandes performances desportivas e artisticas.

Para finalizar digo-vos que Anjelika é actualmente a treinadora e coreografa responsável pelos pares Pechalat & Bourzat e Weaver & Poje. Já Oleg é treinador num clube de Moscovo, tendo estado ligado à patinagem sincronizada de grupos.

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