segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Challenger Series - Autumn Classic International 2017

Challenger Series 2017/2018


Autumn Classic International 2017




Senhoras




A vice-campeã mundial Kaetlyn Osmond venceu o Troféu Autumn Classic International 2017, confirmando o favoritismo que trazia. A jovem japonesa Mai Mihara arrecadou a medalha de prata. Elizabet Tursynbaeva do Cazaquistão ficou com a medalha de bronze.


Kaeltyn iniciou a sua caminhada vitoriosa nesta prova com uma nota de 75.21pts no programa curto. O esquema foi patinado ao som de temas de Edith Piaf e foi coreografado por Lance Vipond. Mais uma vez Kaetlyn brilhou nesta coreografia e demonstrou grande à vontade em pista. Os saltos correram-lhe muito bem. A patinadora canadiana executou uma combinação de triplo flip+triplo toeloop (10.86pts), um triplo lutz (7.96pts) e um duplo axel (4.63pts). Os peões foram todos classificados com o nível 4 e totalizaram 12.30pts. A sequência de passos foi de nível 3 e obteve 4.10pts. Ela teve um pequeno percalço no final da sequência de passos mas acabou por disfarçar bem. Em termos de segunda nota, Kaetlyn foi recompensada com médias de 8.70 na perícia, 8.65 nas transições, 8.95 na performance, 8.85 na composição e 9.05 na interpretação da música.






O programa livre de Kaeltyn tem como tema “O Cisne Negro” de Clint Mansell e a coreografia foi elaborada por Jeffrey Buttle. A canadiana conquistou uma pontuação de 142.34pts no livre, o que lhe permitiu liderar esta fase da competição. No entanto, esta vitória no livre deixou alguns fãs insatisfeitos e li várias queixas sobre este resultado. Muita gente pensa que Kaetlyn recebeu notas altas demais nesta prestação, prejudicando a hipótese da japonesa Mai Mihara lutar pelo ouro. Ora bem… O terceiro elemento de salto no programa livre de Kaetlyn foi o triplo lutz. A recepção não foi das melhores mas o mais importante é que parece que a definição de entrada do salto não foi feita na aresta correcta. A conjugação desses dois factores teria sido suficiente para que o elemento fosse punido com grau de execução negativo. No entanto, apenas três juízes marcaram -1 na escala do grau de execução. O triplo lutz acabou por ficar com o valor base de 6.00pts mas sem penalização efectiva. Outro erro ocorrido no esquema deveu-se a uma queda aparatosa depois do peão layback. Como não podia deixar de ser, a queda levou à aplicação de uma dedução automática de um ponto. O terceiro grande erro teve lugar na tentativa de duplo axel em que a patinadora acabou por realizar um salto simples. Teriam esses erros sido suficientes para fazer a diferença a favor de Mihara? Não me parece. É que Mihara também não realizou um programa livre isento de erros. É certo que a japonesa não caiu mas falhou a aresta correcta na entrada para o triplo flip e transformou o que era suposto ser um triplo salchow num salto duplo. A única crítica que posso apontar ao painel a propósito disto é que o triplo lutz de Kaetlyn não foi punido com grau de execução negativo, enquanto não hesitaram em penalizar o flip de Mihara em circunstâncias idênticas. Mesmo assim penso que Kaetlyn venceu bem.  


Vídeos

Kaetlyn Osmond
Curto

Livre

Mai Mihara
Curto

Livre

Elizabet Tursynbaeva
Curto

Livre


Alaine Chartrand
Curto

Livre
Indisponível


Resultado final



Homens






O momento mais aguardado nesta competição foi sem dúvida o embate entre Yuzuru Hanyu e Javier Fernandez, duas estrelas maiores da patinagem masculina da actualidade. O espanhol levou a melhor sobre o japonês neste primeiro duelo da temporada, sendo que o canadiano Keegan Messing levou a medalha de bronze para casa. Destaque ainda para a participação de Misha Ge (Uzbequistão) que no programa livre foi segundo classificado mas que terminou em quarto lugar da geral.


Javier Fernandez voltou a um personagem familiar no seu programa curto para esta temporada. A coreografia é inspirada na emblemática figura de Charlie Chaplin e foi realizada por David Wilson.


Javier ficou em segundo lugar no programa curto com uma pontuação de 101.20pts. Os saltos realizados por Javier foram uma combinação de quádruplo toeloop+duplo toeloop (13.60pts), um quádruplo salchow (11.70pts) e um triplo axel (10.95pts). O axel foi o único salto efectuado na segunda metade do esquema. Os peões apresentados foram um peão flying upright (3.70pts), um peão em baixo com mudança de pé (4.00pts) e um peão de combinação com mudança de pé (4.70pts). Todos os peões foram classificados com o nível 4 assim como a sequência de passos (6.00pts). As médias nos segmentos dos componentes foram excelentes: 9.20 na perícia, 9.20 nas transições, 9.25 na performance, 9.45 na composição e 9.45 na interpretação da música.






O programa livre de Javier ficou com uma nota de 177.87pts que lhe permitiu ficar em primeiro lugar nessa fase da prova. Em termos técnicos, o atleta espanhol viu dois dos seus elementos de saltos serem punidos com grau de execução negativo. Foi o que sucedeu na tentativa no triplo salchow (0.70pts) que acabou por ser cotado como duplo devido à terceira volta não ter sido realizada de todo, sendo que o patinador caiu na recepção. A queda levou a que lhe fosse aplicada uma dedução automática de um ponto. A combinação de triplo flip+loop+duplo salchow (4.79pts) foi o outro elemento punido pois Javier falhou a definição de entrada no flip. A lâmina do pé de apoio não estava colocada na aresta correcta. Os outros saltos apresentados foram o quádruplo toeloop (12.70pts), combinação de duplo axel+duplo toeloop (4.70pts), combinação de quádruplo salchow+triplo toeloop (17.88pts), triplo loop (7.15pts), triplo axel (11.15pts) e triplo lutz (7.86pts). No que diz respeito aos peões, Javier realizou um peão em baixo com mudança de pé (3.60pts) de nível 3, um peão flying em combinação com mudança de pé (4.00pts) de nível 4 e um peão de combinação com mudança de pé (4.50pts) de nível 4. A sequência de passos ficou com 3.80pts mas apenas cumpriu os critérios para o nível 2. A sequência coreográfica recebeu 3.54pts. Nos segmentos dos componentes que compõem a segunda nota, as médias apuradas foram de 9.10 na perícia, 9.25 nas transições, 9.10 na performance, 9.40 na composição e 9.40 na interpretação da música. A coreografia deste programa também é da autoria do canadiano David Wilson.







Yuzuru Hanyu começou a sua participação nesta competição com uma magnífica prestação no programa curto que lhe permitiu bater novamente o recorde do mundo com uma pontuação de 112.72pts.


O programa curto de Yuzuru foi iniciado com um quádruplo salchow que recebeu 13.50pts. Seguiram-se dois peões: o peão flying camel (4.30pts) e o peão em baixo com mudança de pé (4.50pts), ambos de nível 4. Já na segunda metade do esquema, Yuzuru efectuou um triplo axel (12.35pts) e uma combinação de quádruplo salchow+triplo toeloop (18.86pts). Depois foi a vez da sequência de passos de nível 4 que obteve 5.86pts. Yuzuru terminou o curto com um peão de combinação com mudança de pé (4.80pts). As suas notas nos componentes foram brilhantes com vários juízes a marcarem a nota 10.00. Yuzuru recebeu nove notas de 10.00 – dois na perícia, dois na performance, três na composição e dois na interpretação da música. As médias apuradas nos segmentos fixaram-se em 9.65 na perícia, 9.55 nas transições, 9.80 na performance, 9.80 na composição e 9.75 na interpretação da música. A coreografia deste programa é da responsabilidade de Jeffrey Buttle.






Se o programa curto foi esplêndido, o mesmo não se pode dizer do livre devido a diversas alterações ao que estava planeado em termos técnicos. Yuzuru já tinha avisado que não iria tentar o quádruplo loop devido a dores num tornozelo mas esperava-se que ele tentasse os restantes quádruplos previstos. O actual campeão olímpico ficou em quinto lugar no livre com uma nota de 155.52pts. O programa começou com três elementos de saltos: um lutz simples (0.56pts), um triplo loop (6.64pts) e um triplo flip (5.58pts). Estava previsto que o lutz fosse triplo mas acabou por não sair. O flip foi sinalizado devido ao facto da definição da entrada não ter sido feita de forma clara. Na segunda metade de esquema, Yuzuru efectuou uma combinação de quádruplo salchow+triplo toeloop (19.08pts), uma combinação de duplo toeloop+loop+duplo salchow (3.41pts), um duplo toeloop (1.47pts), triplo axel (6.35pts) e quádruplo toeloop (2.91pts). Além das alterações do plano de saltos, houve três elementos punidos com grau de execução negativo: o lutz simples, o triplo axel e a tentativa de quádruplo toeloop. No axel, Yuzuru caiu estrondosamente na recepção e por causa disso foi aplicada uma dedução automática de um ponto. Na última tentativa de quádruplo toeloop, Yuzuru fez a recepção com os dois pés e de facto não cumpriu a última rotação do salto e o mesmo acabou cotado como triplo. Os peões foram todos de nível 4: o peão de flying em combinação com mudança de pé (4.20pts), o peão flying em baixo com mudança de pé (3.80pts) e o peão em combinação com mudança de pé (4.60pts). A sequência de passos foi de nível 3 e ficou com 4.60pts. A sequência coreográfica obteve 3.82pts. Na segunda nota, as médias apuradas foram de 9.15 na perícia, 8.95 nas transições, 8.55 na performance, 9.10 na composição e 9.00 na interpretação da música. Yuzuru decidiu pegar novamente no programa “Seimei” coreografado por Shae-Lynn Bourne. Neste caso concreto parece-me uma escolha bem aceitável tendo em conta a qualidade do programa.


Vídeos

Javier Fernandez
Curto

Livre


Yuzuru Hanyu
Curto

Livre


Keegan Messing
Curto

Livre


Misha Ge
Curto 

Livre


Resultado final


Dança




Tessa Virtue e Scott Moir começaram a temporada a matar e venceram este evento com mais de vinte pontos de vantagem sobre os seus compatriotas Kaitlyn Weaver & Andrew Poje.


O que mais dizer sobre Tessa e Scott? Estes dois brilhantes patinadores continuam com o fogo todo e deslumbraram na dança curta onde obtiveram uma pontuação de 79.96pts. Se há par que se desenvencilha bem nos ritmos latinos é este. A secção de passos obrigatórios de rumba foi tão bem executada e tão bem integrada no programa que vale a pena ver e rever. Em todos os elementos técnicos, eles não se esqueceram de projectar a performance e isso deu um enorme extra ao programa. A coreografia tem muito de maneirismos característicos das danças de salão mas resulta muito bem. As suas médias nos segmentos dos componentes foram gigantes com 9.50 na perícia, 9.55 nas transições, 9.70 na performance, 9.65 na composição e 9.70 na interpretação da música/timing. Eles conseguiram mesmo duas notas de 10.00 por parte de dois juízes: um para a performance e outro para a interpretação da música/timing. Em termos técnicos, Tessa e Scott coleccionaram +2 e +3 na escala dos graus de execução. A sequência de passos em que os patinadores não se tocam (10.40pts) e a sequência parcial de passos (10.18pts) foram ambas classificadas com o nível 3. Os twizzles (8.40pts), a figura de elevação (6.30pts) e os passos obrigatórios da rumba (6.20pts) atingiram o nível 4. Nos passos da rumba, Tessa e Scott conseguiram marcar correctamente os três pontos-chave.

Na dança livre, os campões olímpicos de 2010 conquistaram uma pontuação de 115.80pts. A escolha para a dança livre recaiu sobre a banda sonora do filme “Moulin Rouge”. No que diz respeito à coreografia e interpretação, este par voltou a estar irrepreensível. Nos segmentos dos componentes as médias foram altíssimas: 9.50 na perícia, 9.50 nas transições, 9.65 na performance, 9.65 na composição e 9.75 na interpretação da música/timing. Eles conseguiram três notas de 10.00: um para a performance, um para a interpretação da música/timing e outro para composição. No que diz respeito à execução dos elementos, tudo lhes correu pelo melhor e eles somaram graus de execução positivos com vários +2 e +3. Todas as figuras de elevação, os twizzles e o peão cumpriram com os critérios estabelecidos para a atribuição do nível 4 (que é o máximo). As duas sequências de passos foram de nível 3. Como elementos coreográficos eles optaram por um peão (terceiro elemento) e uma elevação (último elemento). Se quisermos ser muito rigorosos não podemos ignorar o facto de eles passarem uma parte considerável de tempo em pose ou em dois pés, tendo em conta os parâmetros de um programa competitivo ao mais alto nível. Este não é um problema exclusivo deste programa ou deste par. Trata-se de uma coisa recorrente nos pares oriundos da escola de Marie-France Dubreuil. Veremos se serão feitos ajustes ao longo da temporada.

Kaitlyn Weaver & Andrew Poje têm uma legião de fãs considerável que os apoia incondicionalmente e que ama os seus programas, independentemente da luta pelas medalhas. Daquilo que li em comentários em redes sociais e fóruns após esta competição se ter realizado, as pessoas parecem algo divididas quanto aos programas deste par para a presente temporada. A dança curta foi mais bem recebida do que a livre.

A dança curta de Kaitlyn e Andrew ficou com 69.32pts. O único elemento que atingiu a classificação de nível 4 foram os twizzles mas simultaneamente foram o único elemento punido com grau de execução negativo. Os restantes elementos técnicos foram de nível 3. Saliento o facto de eles não terem conseguido marcar o terceiro ponto-chave dos passos obrigatórios da rumba. Ainda há aqui muito trabalho de casa para fazer para melhorar os níveis. Em termos gerais, eu gostei desta dança pois eles procuraram um tema musical que não é nada habitual nesta disciplina e tentaram interpretá-lo com alguma autenticidade. É uma abordagem que contrasta com a de Tessa e Scott que seguiram mais a linha das danças de salão.

O tema escolhido para a dança livre partiu de trechos da obra “Spartacus”. O programa é claramente competente e está bem coreografado mas senti que falta aqui qualquer coisa. O início foi excelente com uma maravilhosa figura de elevação. A entrada para os twizzles também foi muito bem conseguida. Só que eles não pareceram muito confortáveis na execução da segunda figura de elevação e depois o programa parece que desvaneceu um pouco… Começou muito bem mas depois faltou algo extra que tornasse o programa memorável. Achei que a Kaitlyn brilhou muito mais neste tema do que o Andrew. Além disso, eles estavam a patinar em casa e os juízes protegeram-nos um pouco pois a segunda figura de elevação podia ter sido punida com grau de execução negativo ou pelo menos ficar com 0 (como aliás marcaram dois juízes no painel). Para outras competições internacionais não sei se eles terão a mesma sorte.

Piper Gilles & Paul Poirier formam um dos únicos pares que normalmente arrisca na coreografia e nos temas escolhidos. São dos poucos a “pensar fora da caixa”. Na minha opinião isso é de aplaudir. Os seus programas para esta temporada voltam a ter características próprias em termos de estilo.


A primeira coisa a referir sobre a dança curta deles é o espectacular vestido de Piper. A segunda é o tom geral da dança pois a sua interpretação consegue transmitir algum humor, embora sem ser nada muito exagerado ou desrespeitoso para o tema. A forma como o programa está coreografado não deixa dúvidas de que eles estão efectivamente a trabalhar os elementos e passos integrados na música. Quanto às transições falta qualquer coisa e quanto à perícia continua a ser notório que Paul tem uma técnica base e um deslizar com muito mais qualidade do que Piper. Os passos de rumba apenas conseguiram obter a classificação de nível 2, sendo que eles não marcaram convenientemente os dois primeiros ponto-chave. Apenas acertaram no terceiro ponto-chave. A sua nota final nesta parte da competição foi de 68.80.

A música escolhida para a dança livre é proveniente da banda sonora de “Perry Mason”. Esta escolha é algo arriscada pois a música tem vários momentos de clamam por subtileza mas Piper e Paul estiveram à altura desse desafio. O programa tem momentos magníficos e originais. O peão inicial é exemplo disso pois eles começaram as rotações para trás o que normalmente é mais difícil porque contraria o impulso natural de rodar no sentido dos ponteiros do relógio. Destaque ainda para a figura que eles foram “roubar” a Navka & Kostomarov e que serviu de entrada para a segunda figura de elevação. No geral gostei bastante do programa.

Olivia Smart & Adriá Diaz conseguiram um bom resultado final e este quarto lugar deve ter sabido a ouro. Agora que Olivia já tem passaporte espanhol – ela é originária do Reino Unido – este par pode aspirar a um lugar na selecção espanhola para os próximos Jogos Olímpicos e penso que esse será o principal objectivo deles para esta temporada. Já os dinamarqueses Fournier-Beaudry & Sorensen voltaram a desiludir e não foram além da sétima posição, tendo ficado atrás de pares que eles já bateram em competições anteriores.


Vídeos

Virtue & Moir
Curta

Livre


Weaver & Poje
Curta

Livre


Gilles & Poirier
Curta

Livre


Smart & Diaz
Curta

Livre


Mcnamara & Carpenter
Curta

Livre
Indisponível


Robledo & Fenero
Curta

Livre


Resultado final



Pares




Na categoria de pares poucos eram os que esperavam uma vitória do par Vanessa James & Morgan Ciprés. Os franceses impuseram-se aos canadianos Meaghan Duhamel & Eric Radford com 7.5pts de vantagem. Julianne Séguin & Charlie Bilodeau terminaram com a medalha de bronze.


Vanessa e Morgan parecem ter encontrado o seu estilo e optaram por programas na mesma linha coreográfica que já apresentaram noutras ocasiões. O programa curto resultou lindamente. A composição, a coreografia e as transições estiveram num plano muito bom. Tecnicamente eles não cometeram nenhum erro significativo. A figura de elevação foi espectacular e a saída do triplo lutz lançado, passando imediatamente para um movimento de transição em conjugação com a música foi outro momento alto do esquema. Apenas não gostei da entrada para a espiral da morte e da forma como saíram do peão de par com que finalizaram o programa. A sua nota no curto foi de 73.48pts. Eles sofreram uma penalização de -1 devido a violação de regras de tempo.






No programa livre, Vanessa e Morgan ficaram na primeira posição com uma pontuação de 137.00pts. O programa não foi perfeito em termos de execução. Eles tinham previsto executar uma combinação de triplo toeloop+duplo toeloop+duplo toeloop mas no primeiro salto Vanessa apenas executou um duplo. Como Morgan fez o triplo mas Vanessa não conseguiu realizá-lo, os juízes tiveram de aplicar grau de execução negativo nesse elemento. Eles arriscaram o quádruplo salchow lançado mas Vanessa fez a recepção com os dois pés e por isso o elemento acabou punido com grau de execução negativo. O triplo lutz lançado foi o outro elemento punido com grau de execução negativo pois Vanessa caiu na recepção do salto. A queda também lhes valeu uma dedução automática de um ponto. As figuras de elevação encheram o olho como é habitual com este par. A vitória nesta competição com certeza que lhes dará confiança para o circuito do grande prémio.


Meagan e Eric eram os híper favoritos à vitória nesta prova devido ao seu palmarés, onde se incluem dois títulos mundiais, e porque estavam a patinar em casa. O programa curto correu-lhes bem e eles conseguiram uma pontuação de 77.14pts. Esta foi uma das melhores prestações que os vi realizar. Todos os elementos foram merecedores de grau de execução positivo e a composição está muito bem conseguida. Há quem não tenha gostado desta versão da emblemática música “With or Without you” dos U2. Eu até gostei desta adaptação mas compreendo que os fãs acérrimos dos U2 não achem muita piada. A minha impressão geral do programa curto deste par canadiano é de que tem tudo para ser um êxito.


No programa livre, Meagan e Eric terminaram no terceiro posto com uma nota de 125.84pts. Já havia sido anunciado que eles iam reciclar a coreografia do programa livre que utilizaram na temporada 2014/2015 ao som de músicas da popular banda Muse. Sinceramente não sei se esta é uma boa ideia neste caso concreto. Eles já tiveram material melhor nas épocas subsequentes a essa e, apesar das músicas escolhidas resultarem bem junto da maior parte do público, a coreografia não é assim tão intrincada ou especial. Tenho esperança que eles possam ir acrescentando mais pormenores ao longo da temporada para desenvolver o programa. No que diz respeito à parte técnica foram cometidos diversos erros. Meagan não esteve nos seus dias e caiu na recepção do triplo lutz lado-a-lado que ainda por cima foi incompleto, caiu na recepção do triplo salchow lado-a-lado e caiu na recepção do quádruplo salchow. Todos esses elementos foram punidos com grau de execução negativo e as quedas deram lugar à aplicação automática de três pontos de dedução. O peão lado-a-lado foi outro elemento punido com grau de execução negativo. Apesar desta prestação menos conseguida, acho que não é razão para os fãs deste par entrarem em pânico pois eles ainda têm tempo para melhorar o seu estado de forma e afinar estas imperfeições.

Vídeos

James & Cipres
Curto

Livre


Duhamel & Radford
Curto 

Livre


Seguin & Bilodeau
Curto

Livre


Castelli & Tran
Curto

Livre






Resultado final


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